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Ditadores Corporativos

Será que eles ainda existem? Qual o risco que eles trazem para as empresas? O que as áreas de Recursos Humanos podem fazer? Essas são perguntas difíceis de responder, pelo menos até que você tenha vivenciado a experiência de trabalhar com um verdadeiro ditador corporativo.

Em um passado não muito distante um bom dirigente era reconhecido pela sua capacidade de ordenar e fazer com que suas diretrizes fossem cumpridas a qualquer preço. Seus subordinados, fossem diretores, superintendentes ou gerentes, "não eram pagos para pensar" mas sim para executar suas determinações sem questionar, repetindo esse modelo para as suas equipes e gerando uma grande infelicidade e frustração no ambiente corporativo.

O plano Real chegou, a inflação se estabilizou e com o passar dos anos a economia brasileira alcançou patamares até então inimagináveis. Dentro desse cenário várias empresas aportaram nesse novo Brasil e, com o aumento da concorrência, surge a necessidade de profissionalização das antigas corporações. Produtividade e resultado viram as palavras de ordem na maioria das empresas e esse tipo de gestor, preso ao amadorismo, perde espaço.

É importante ressaltar que perder espaço não significa dizer extinto, afinal, alguns continuam ditando as regras do jogo a seu bel prazer e, com isso, só aumentam os riscos das empresas onde atuam. Deixar de lado o planejamento estratégico, centralizar informações e decisões, buscar meios ilícitos para conseguir vantagens, contratar pessoas desqualificadas para satisfazer interesses de terceiros, demitir profissionais de alta performance sem explicações, são apenas alguns malefícios que esses tais ditadores podem trazer. Suas empresas ficam estacionadas e seu poder é mantido. Para eles, apenas isso importa!

E as áreas de Recursos Humanos, o que podem fazer? Na maioria dos casos a resposta é NADA. Sabendo da importância estratégica de uma área de RH, na maioria dos casos, a mesma fica ligada diretamente ao Sr. Ditador, ou seja, fica de pés e mãos atadas. Ou assumem a omissão, ou esses profissionais, que deveriam, dentre outras responsabilidades, zelar pela ética e pelo bom clima organizacional, também serão demitidos sem qualquer explicação.

Em resumo, se você é refém de um ditador corporativo e não está satisfeito em ser mais uma de suas marionetes, não espere muito ou você pode se acomodar com essa situação. Assuma a direção da sua carreira, atualize o seu currículo, reveja sua rede de contatos e saia enquanto é tempo ou... Espere ele se aposentar!!! Quem sabe as coisas mudem... Ou não!

Rodrigo Maia é consultor LUCRUS 


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