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VOCÊ SA - Pleno Emprego e a escassez de talentos
04/02/2011 11:13Segundo dados divulgados essa semana pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) o Brasil apresenta um nível de desemprego inferior a média mundial e a média dos países desenvolvidos. O quadro abaixo mostra a evolução dos índices de desemprego nesses mercados antes e depois da crise de 2008.
Fonte: OIT (www.oit.org.br) e Portal Exame (www.exame.abril.com.br) Ao cenário sintetizado pelo quadro temos ainda que acrescentar o enorme crescimento do número de profissionais lançados no mercado de trabalho pelas universidades, em grande parte pela já famosa entrada das classes C e D em um mercado até então fechado. Dessa maneira fico tranqüilo em afirmar, junto com vários analistas, que o Brasil caminha a passos largos para o Pleno Emprego. Agora nos resta uma dúvida: Como o Pleno Emprego afetará nossas empresas e nossa rotina ? De acordo com os economistas Pleno Emprego é o momento no qual todos os trabalhadores que aceitem receber o que é denominado como salário de equilíbrio estarão empregados. Dentro desse contexto cabe uma dúvida: o que acontecerá com os mais talentosos, que por sinal já são escassos no mercado ? Inflacionarão o mercado fazendo subir o salário de equilíbrio ou ficarão fora do mercado por achar que o salário de equilíbrio não remunera seu trabalho ? Como talento é um ativo escasso no mercado não acredito que a segunda alternativa seja viável, portanto podemos começar a nos preparar para duas coisas. Possível pressão por aumento de salário, e por conseqüência pressão inflacionária, e maiores dificuldades para a retenção da equipe. Quem pode ajudar no realinhamento dessa equação é o Ministério da Educação e do Trabalho através de práticas consistentes e recorrentes de melhora no nível de formação da mão de obra. Se o número de talentos aumentar consideravelmente, a equação se reverte. Outro ponto importante a ressaltar é que com o nível de desemprego nos países desenvolvidos crescendo e com a baixa capacidade de reversão do quadro no curto prazo, vide o que esta acontecendo com a Espanha e Estados Unidos, o Brasil passa a ser um mercado interessante para a volta de expatriados e para a captação de talentos, por empresas brasileiras, nesses mercados. Dentro desse contexto cabe aguardarmos e acompanharmos as próximas ações do Ministério da Educação, do Trabalho e da reação do Banco Central na sua luta frenética, e justificada, pelo controle da inflação. Por Fábio Jorge Celeguim
2007 (antes da crise)
2010 (pós-crise)
Brasil
8,2%
5,7%
Mundo
5,6%
6,2%
Países Desenvolvidos
5,8%
8,8%
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