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EXAME - Por que é preciso chamar mais universitários

12/01/2011 08:23

 

Os estados brasileiros que mais avançam na produção industrial são os que têm registrado maior evolução de matrículas no grau universitário. Essa é uma das constatações de análise realizada por Nelson de Carvalho Filho, diretor superintendente das Faculdades Alfa, com sede em Goiânia. Tomando por base dados do IBGE sobre o período de 2002 a 2008, o estudo isolou os dez estados com as maiores fatias do PIB. Destacam-se positivamente Santa Catarina e Minas Gerais, enquanto a Bahia é o que mais deixa a desejar em termos de avanço industrial.

No período considerado, os catarinenses ampliaram de 5,1% para 5,5% a participação no PIB industrial do país. O quinhão da Bahia caiu de 4,3% para 3,9%. Há vários fatores a ser levados em conta para entender porque alguns setores crescem e outros não, e também porque avançam em certos lugares e em outros recuam. Produção voltada mais ao mercado doméstico ou externo, concorrência internacional e incentivos fiscais são alguns deles. A tese de Nelson é de que a oferta de pessoal especializado – parte dela gerada nas universidades – é determinante para o desenvolvimento das atividades industriais.

Santa Catarina, segundo ele verificou, tem o maior índice (3,5%) de população residente matriculada no ensino superior (excetuando-se o Distrito Federal, caso à parte entre as unidades da federação) e é a economia com mais alto grau de industrialização do país. São Paulo, embora tenha perdido ligeiramente participação proporcional, ainda detém 40% do PIB industrial e mantém índice (3,4%) de matriculados no grau universitário quase igual ao dos catarinenses. A Bahia, coincidência ou não, vem perdendo importância industrial e é, no ranking das dez economias mais ricas, a de menor taxa de estudantes do grau superior no total da população: apenas 1,9%.

Goiás, onde Nelson trabalha no ramo do ensino, tem 2,8% de matriculados nas faculdades. “Com população semelhante à de Santa Catarina, Goiás tem um grau de industrialização menor e uma defasagem de 25% em termos de matrículas no ensino superior”, diz ele. Convencer mais goianos a estudar é uma meta do grupo Alfa, que recentemente expandiu sua atuação também a São Paulo.

Por José Roberto Caetano

Fonte: https://exame.abril.com.br/blogs/aqui-no-brasil/2011/01/07/por-que-e-preciso-chamar-mais-universitarios/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+EXAMEAquiNoBrasil+%28EXAME+Blogs+-+Aqui+no+Brasil%29

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