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Exame - Quando a meritocracia não vale nada
21/01/2010 22:08A compra da cervejaria brasileira AmBev pela belga Interbrew, formando há InBev, aconteceu em março de 2004. Desde então, executivos brasileiros têm sido despachados para Leuven, na Bélgica, onde fica a sede da empresa. O objetivo desde o início era dar um choque de gestão na nova companhia e acabar com um certo ranço que exista na cervejaria européia. Controlada por seculares famílias aristocráticas, a Interbrew normalmente promovia reuniões executivas e de conselho em hotéis de luxo, regadas a champanhe — um contraste gritante com o estilo de administração espartano da AmBev.
Passados quase seis anos, os acionistas parecem ter “comprado” a nova cultura — afinal foi graças a ela que a InBev conseguiu comprar a americana Anheuser Busch, formando a maior cervejaria do mundo. O problema é que para boa parte dos funcionários o conceito de “meritocracia”, um dos pilares da cultura da AmBev, continua sem ter apelo algum — e é essa a principal razão do clima de guerra que se instaurou nas operações da Bélgica recentemente. Acostumados a viver com a generosa ajuda do Estado, muitos deles acham um delírio essa conversa de “quanto mais resultado você gerar, mais vai ganhar”.
por Cristiane Correa
Fonte: https://portalexame.abril.com.br/blogs/por-dentro-das-empresas/
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