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Exame (Blog 4P) - Presidente da Vivo abraçou de vez a causa amazônica

17/12/2009 18:28

Confesso que quando ouvi o discurso do presidente da Vivo, Roberto Lima, na última Futurecom, no início de outubro, imaginei que se tratava apenas de mais um daqueles blá-blá-blás corporativos. A apresentação girou em torno dos investimenos da operadora na região Norte do país (leia-se Amazônia), calcados sobretudo na tecnologia 3G.

Pois foi com imenso espanto que, ao encontrá-lo essa semana em seu escritório, o discreto e comedido Roberto Lima estava usando um colar tribal feito com miçangas à base de dente. A cena foi tão chocante que eu simplesmente não consegui disfarçar. Lancei um "não acredito que você está mesmo nesse pique Amazônia!" (tudo bem, seguir protocolos não é o meu forte).

Sempre educado, Lima até fez menção de fechar o colarinho da camisa para esconder o adorno, gesto totalmente desnecessário, claro. Afinal, não é como se eu tivesse me deparado com o cantor Luiz Caldas (ainda assim, não teria me importado com o novo visual).

Além do colar, um cocar azul agora enfeita a mesa do executivo. Na noite anterior, num jantar com os diretores regionais da empresa, o cardápio e a música haviam sido inspirados no Pará. Sim, Roberto Lima agora respira Amazônia.

É óbvio que o executivo não descobriu na semana passada que possui um ancestral Yanomami. A Amazônia conta atualmente com um contingente virtualmente inexplorado de 24 milhões de habitantes. E, uma vez que o mercado de celulares brasileiro se aproxima da saturação nos grandes centros, é natural pensar em novas fronteiras de expansão.

De qualquer forma, o fato de a Vivo se empenhar em aliar sua marca a um conceito de sustentabilidade e responsabilidade social na região pode lhe garantir a dianteira na briga com as demais operadoras (será inevitável que elas invistam na região).

Negócios à parte, é certo que veremos nos próximos anos um dos fenômenos mais incríveis proporcionados pela expansão das telecomunicações: o do desenvolvimento social e de distribuição de riqueza em comunicades remotas.

Nesse sentido, uma coisa é indiscutível. Em termos de imagem e construção de uma marca, a Vivo largou na frente.

Por Carolina Meyer | 17/12/2009 - 18:01

Fonte: https://portalexame.abril.com.br/blogs/blog4p/20091217_listar_dia.shtml?permalink=213709

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