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O GLOBO - Economia aquecida e cenário de estabilidade produzem reviravoltas radicais em carreiras

31/01/2011 10:09

RIO - Já pensou em se formar em direito e abandonar tudo para abrir uma empresa de desenvolvimento de softwares? Ou deixar para trás um trabalho promissor como fisioterapeuta para estudar gastronomia? Há ainda quem tenha interrompido a graduação em relações internacionais para abrir uma operadora de turismo. E deixado de trabalhar na área administrativa para fazer um curso de petróleo e gás. Reviravoltas que, de tão radicais, levantam uma questão: os protagonistas dessas histórias teriam coragem suficiente para fazer essas escolhas se o mercado não estivesse tão aquecido como agora? É o que mostra reportagem de Paula Dias, publicada no Boa Chance deste domingo.

A resposta é não, pelo menos para Marco Tulio Zanini, coordenador do mestrado executivo "Gestão empresarial", da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O cenário atual de estabilidade econômica e expansão de diferentes segmentos de negócios - como tecnologia, turismo, petróleo, gastronomia e mídias sociais, por exemplo - nunca foi tão receptivo a quem está interessado em dar um novo rumo à carreira, garante o consultor de empresas.

- Estamos observando o encontro de dois fenômenos. Um é o aquecimento da economia, que abre espaço para que as pessoas busquem novas oportunidades, o que há anos atrás seria pouco provável. Uma economia aquecida favorece um cenário de confiança e estabilidade, ao ponto de sustentar transições como essas - afirma Zanini.

A ex-assistente administrativa Severina Paulino faz parte do time que não teve medo de se reinventar em uma nova profissão. Motivada pelo fortalecimento do setor petroquímico no Rio, a profissional - que chegou a atuar como auxiliar de escritório em várias empresas - agora divide seu tempo entre um curso técnico na Petrocenter, centro de qualificação especializado na área de petróleo, e o novo emprego em uma metalúrgica que, entre outros produtos, fabrica vigas para a indústria de petróleo e gás.

- Notei que o mercado está aberto e que poderia conseguir um emprego rapidamente - diz.

A chef Karla Keide, por sua vez, não pensou duas vezes em deixar para trás cinco anos de trabalho como fisioterapeuta para voltar ao banco da faculdade. Cursou gastronomia na Estácio e, logo no primeiro período, conseguiu um estágio. Após trabalhar em restaurantes badalados e passar uma temporada no Canadá, onde cursou culinária, a profissional foi convidada para ser chef executiva da rede Botequim Informal.

- Sempre gostei de gastronomia. Quando tive que escolher o que fazer na faculdade o curso nem existia. Hoje, novos restaurantes são inaugurados com frequência e há vários tipos de formação.

Fonte:https://oglobo.globo.com/economia/boachance/mat/2011/01/27/economia-aquecida-cenario-de-estabilidade-produzem-reviravoltas-radicais-em-carreiras-923626748.asp 

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